Saudades, palavra doce,
Que traduz tanto amargor!
Saudades é como se fosse
Espinho cheirando a flor.
Saudade, ventura ausente,
Um bem que longe se vê,
Uma dor que o peito sente
Sem saber como e porquê.
Um desejo de estar perto,
de quem está longe de nós;
Um ai que não sei ao certo
Se é uma voz ou um suspiro.
Um sorriso de tristeza,
Um soluço de alegria,
O suplício da incerteza
Que uma esperança alivia.
Nestas três sílabas há de
Caber toda uma canção
Bendita a dor da saudade
Que faz bem ao coração!
Querida amiga: para que não te esqueças de mim e desejando tua perene felicidade, deixo-te esta singela recordação da
Arlete
Mariópolis, 20/09/1960.
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