sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

SAUDADES

Saudades, palavra doce,
Que traduz tanto amargor!
Saudades é como se fosse
Espinho cheirando a flor.


Saudade, ventura ausente,
 Um bem que longe se vê,
Uma dor que o peito sente
Sem saber como e porquê.

Um desejo de estar perto,
 de quem está longe de nós;
Um ai que não sei ao certo
Se é uma voz ou um suspiro.


Um sorriso de tristeza,
Um soluço de alegria,
O suplício da incerteza
Que uma esperança alivia.


Nestas três sílabas há de
Caber toda uma canção


Bendita a dor da saudade
Que faz bem ao coração!


              Querida amiga: para que não te esqueças de mim e desejando tua perene felicidade, deixo-te esta singela recordação da


                                                                 Arlete


Mariópolis, 20/09/1960.

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