segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

MEU ÚLTIMO DESEJO

Quando eu por fim baixar a sepultura
E o meu grande martírio terminar
Nao chores minha desventura
Foi Deu que assim quis desvendar.

Esqueça a dor imensa da saudade
E na renúncia suprima teu pesar
E de joelhos cheio de ternura
Ora por mim neste modesto altar.

Quando essa hora chegar em minha vida
Uma súplica rogo-te, querida,
É a expressão do meu último desejo.

Curva-te sobre meu corpo esguio
Una teus lábios no meu rosto frio
E nele imprima um derradeiro beijo...

                     ***

Carminha
Mariópolis, 24/04/63.

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