Quando eu por fim baixar a sepultura
E o meu grande martírio terminar
Nao chores minha desventura
Foi Deu que assim quis desvendar.
Esqueça a dor imensa da saudade
E na renúncia suprima teu pesar
E de joelhos cheio de ternura
Ora por mim neste modesto altar.
Quando essa hora chegar em minha vida
Uma súplica rogo-te, querida,
É a expressão do meu último desejo.
Curva-te sobre meu corpo esguio
Una teus lábios no meu rosto frio
E nele imprima um derradeiro beijo...
***
Carminha
Mariópolis, 24/04/63.
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