domingo, 26 de maio de 2013

MUSA - Claudio Carmo

 


Outrora fostes a modelo.
Em que o artista criava.
Teus tênues traços.
...
Rabiscados sobre crayon.
Delimitavam maravilhas no canson.

Já não existia a mera forma.
O divino mestre conseguira magia.
Transpôs a obra pedaços de uma vida.
Marcas em detalhes sofridos pelo passado.
Tão belos que nos remetiam as lágrimas.

As cinzas captadas eram de uma alma.
Incrustada de amor aparente.
Percebia-se a uma leve dor no coração.
Mas a tormenta posta ao fundo da obra.
Era apenas parte da composição do pintor.

No estúdio, outro decano observava a obra.
Atento as magistrais nuances de cores.
Que davam uma nitidez sublime a tal beleza.
Como poeta que era já compunha suas letras.
Em giz, tinta e agora em verso.

Surge a tríplice poesia.
Da menina terna.
Que ensinou a vida.
Após seus sonhos refeitos.
Pela simples beleza saber de viver.

Claudio Carmo

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