sábado, 31 de dezembro de 2011

SOU ASSIM...



“Sou forte. Meio doce e meio ácida. Em alguns dias acho que sou fraca. E boba. Preciso de um lugar onde enfiar a cara pra esconder as lágrimas. Aí penso que não sou tão forte assim e começo a olhar pra mim. Sou forte sim, mas também choro. Sou gente. Sou humana. Sou manhosa. Sou assim. Quero que as coisas aconteçam já, logo, de uma vez. Quero que meus erros não me impeçam de continuar olhando para a frente.”

— Clarissa Corrêa

ALGUÉM ME ENSINA?

“Alguém me ensina a pensar menos nele?
 Alguém me ensina a não repetir centenas de vezes à mesma cena na cabeça?
E não fazer dessas lembranças o meu maior martírio?
 É possível não sentir esses arrepios ao lembrar-me do toque, do cheiro, do beijo dele?
 Ah, eu daria tanta coisa para que aquele anjo estivesse aqui comigo agora, hoje, amanhã, sempre. Eu daria tudo pra vê-lo sorrir mais uma vez pra mim, mas quando estou com ele fico tão pequena, entrego-lhe o que ainda me resta, ele vai embora e eu fico aqui, me sentindo incompleta, me sentindo um nada, sobrevivendo apenas de migalhas da minha memória.”
— (Caio Fernando Abreu)

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

CONSELHO

Não protestes! Que adianta?
Não te desesperes!
Viva a vida e compreende
Este determinismo
Das forças naturais
Do organismo social
Onde se encontram
 homens e mulheres.

                         Ângela
      Receba esta simples recordação como prova da minha amizade.
                                 Nair Fogliatto
Viva a vda

OS OLHOS

Os olhos azuis são doces,
Os negros feiticeiros,
Os verdes calmos e tristes,
Os castanhos verdadeiros.


No azul o céu se encontra,
 Nos negros, vulcões de amor,
Há muita calma nos verdes
Nos castanhos, certeza e dor!

                 Aceite esta simples recordação da tua amiga que muito a estima.

                                   Eneci Finato

Mariópolis, 5-1-62.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

FLORES E ESPINHOS

Quando ela passa airosa
Requebrando como quê,
Parece um botão de rosa
Brincando de bambolê.

Seus sapatinhos tão altos,
Fazem tic-tac no chão
E, no meu peito, aos saltos
Sacode meu coração...

E ela passa, brejeira,
Acendendo em todos a fogueira
Que há de ser seus carinhos.

Pois toda mulher formosa,
Parece mesmo uma rosa
Inclusive...nos espinhos!

                          ***

Ângela
           Queira aceitar esta pequena recordação do teu colega que muito a estima e que nunca a esquecerá.

                                  Luiz Felipe Colnaghi


SAUDADE


Saudade, o que será que ninguém nos explica
De onde vem habitar o coração da gente
Fazendo com que sempre aumente
O prazer que tanto mortifica?

Quando alguém se quer
Esse tem de ficar ausente
Qual dos dois corações sofre mais?
Aquele que vai, ou aquele que fica?

Quem parte dizem: há de ter alegrias
De ter novo céu que lhe dê nova vida...
Enquanto quem fica , a tristeza assombra!

Mas eu digo: não é verdade!
E repito aos que tem essa dúvida!
"Se for igual o afeto
Igual será a saudade."
************************
Ângela, deixo neste teu álbum uma pequena recordação de teu colega e amigo
                                                José Carlos Lara
Mariópolis,22/10/60
"Saudade, nuvem de sonho, saudade, noite de amor; s´tenho saudade para esquecer minha dor..."

Deixa que falem

De tanto ouvir as intrigas das amigas
Estás matando pouco a pouco o nosso amor.
Essas mentiras para mim não tem valor,
Fala do frio quem não tem bom cobertor.
Deixa que falem...
Quem não fala não vive bem
A nossa felicidade
Não depende de ninguém!
*****************************************************
                               Ângela
Para ti esta pequena e sincera recordação de teu amigo e colega


                              Neuri Baú
                            Mariópolis, 8/11/60.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

CONFESSO

Confesso que ando muito cansado, sabe?
Mas um cansaço diferente…
um cansaço de não querer mais reclamar,
de não querer pedir,
de não fazer nada,
... de deixar as coisas acontecerem.
Confesso que às vezes me dão umas crises de choro que parecem não parar,
um medo e ao mesmo tempo uma certeza de tudo que quero ser,
que quero fazer.
Confesso que você estava em todos esses meus planos,
mas eu sinto que as coisas vão escorrendo entre meus dedos,
se derramando,
não me pertencendo.
Estou realmente cansado.
Cansado e cansado de ser mar agitado,
de ser tempestade…
quero ser mar calmo.
Preciso de segurança,
de amor,
de compreensão,
de atenção,
de alguém que sente comigo e fale:
“Calma, eu estou com você e vou te proteger! Nós vamos ser fortes juntos,
juntos, juntos.”
Confesso que preciso de sorrisos,
abraços,
chocolates,
bons filmes,
paciência e coisas desse tipo.
Confesso, confesso, confesso.
Confesso que agora só espero você.

Caio F. Abreu

OS TRÊS DESERTOS

O mar!...
O fimdo mar é o princípio de outro mar
Tão grande e tão profundo...
Quantas gotas d'água nele contém?
Não sei...São tantas
Quantos foram os prantos que eu chorei.

O Sahara!...
A imagem do sol silencioso e profundo;
Que parece guardar toda dor humana!
Quantos grãos de areia nele existem?
Não sei...São tantos
Quantos foram os sonhos que eu sonhei.

O céu!...
Turquesa imensa, maravilhoso crisol,
Que filtra a luz do sol!
Quantas esrelas nele palpitam?
Não sei...São tantas
Quantos foram os olhos que eu amei!

 ***
A você Ângela, com sincera amizade, oferece uma sincera amiga, que sempre viu em você uma grande amizade.

"Saudade!...sentimento estranho e misterioso que floresce no jardim da existência."

"A saudade é um nobre sentimento, pois punge, consola e perdoa."

Iris Teresinha Ferst

A MULHER

O homem fala ao entendimento,
A mulher ao coração.

O coração da mulher é santuário que sempre respeitará o homem de bem...
Ardem nele continuamente a fé, a esperança e o amor.

Mulher sem coração é um monstro da natureza!

Quantas vezes o instinto do coração materno vai muito


 mais longe do que a perspicácia dos grandes homens!

A mulher boa nunca é feia: se é bela agrada aos olhos; se é perfeita agrada ao coração.
A beleza é uma jóia; a bondade, um tesouro;
a primeira perde-se; a segunda, é inesgotável!

                          Ângela

              Aceite esta pequena recordação de tua irmã que muito a estima
                                         Carmem
                                                             8-5-1961

ASCENSÃO

Sob o céu flamejante ou entre dunas,
Íngreme e sinuosa, aspérrima escarpada
Cheia de abismos maus,
Que abrem fauces escuras, vai a estrada coleando, em bsca da esplanada.

Sobe. E na ascenção, entre angústias e torturas,
Trons de ira e de despeito, ápodos e suada,
Vê diminuírem mais as coisas na baixada
E se abrirem os céus em mais amplas alturas...

                                   Ângela
                                                 a você uma recordação da
                                                 Rose Mari Lara
                                                                              Mariópolis, 21 de julho de 1960.

Mensagem

"A felicidade é como o horizonte: sempre aos nossos olhos, mas nunca ao nosso alcance."

"O amor éum mar de ilusão em cujas ondas todos nós naufragamos."

                              A ti, querida Ângela, uma pequena recordação da amiga com um "SÊ FELIZ".

Clarice Lammel

Mariópolis, 12-5-61

SAUDADE

"A saudade é calculada
Em algarismos também
Distância multiplicada
Pelo fator querer bem."
                 ***
"Saudade, ventura ausente
Um bem que longe de vê
Um ai que o coração sente
Sem saber como e porquê."
                  ***
"Saudade, palavra doce!
Que traduz tanto amargor
Saudade é como se fosse
Espinho cheirando a flor!"

               Uma lembrança do amigo e colega

                                 Nereu Baú

SAUDADE


Saudade, o que será que ninguém nos explica
De onde vem habitar o coração da gente
Fazendo com que sempre aumente
O prazer que tanto mortifica?

Quando alguém se quer
Esse tem de ficar ausente
Qual dos dois corações sofre mais?
Aquele que vai, ou aquele que fica?

Quem parte dizem: há de ter alegrias
De ter novo céu que lhe dê nova vida...
Enquanto quem fica , a tristeza assombra!

Mas eu digo: não é verdade!
E repito aos que tem essa dúvida!
"Se for igual o afeto
Igual será a saudade."
************************
À querida Ângela
deixo esta simples recordação.
                                Terezinha

"Com a palavra se diz tudo, mas nunca tem a expressão, do que diz um lábio mudo, com um leve aperto de mão."

                                      Mariópolis, 4 de agosto de 1960.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

FORÇA



Os olhos, carregados de amor, passam primeiro por mim.
Me investigo, me acarinho, me visto de coragem, me cubro de ternuras.
Analiso o que há de melhor e pior em mim.
... Boto tristezas pra dormir, faço faxinas de tirar
todos os sentimentos do lugar, abro todos
os cômodos do coração, pra deixar só a leveza tomar espaço.
Depois o outro.
Depois, aquele que precisa de mim.
Porque se eu não o fizer, se eu
não me tratar com respeito, eu não estarei pronta para ninguém.
É preciso um baita amor pela gente,
sim, todo santo-dia, pra não desistir.
Num mundo em que a falta de sol toma conta,
é tempo de voltar-se pra dentro e trazer de lá uma luz qualquer.
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domingo, 18 de dezembro de 2011

AMAR É VIVER

Assim como a estrada que liga dois lugares distantes, o amor liga dois seres humanos, às vezes, tão opostos, tão diferentes que somente regras e placas bem definidas podem fazer com que a viagem tenha um final feliz.
Pegue a sua estrada, digo, o seu amor e coloque ainda hoje as placas novas de sinalização, crie atalhos, coloque umas plantas na beira do caminho, transforme o velho em novo e com certeza, até pedágio você poderá cobrar.
O preço? Que tal um milhão de beijo apaixonados?

EXPERIÊNCIA

Mensagem Experiência!

Já fiz cosquinha na minha irmã só pra ela parar de chorar.
Já me queimei brincando com vela.
Eu já fiz bola de chiclete e melequei todo o rosto.
Já conversei com o espelho, e até já brinquei de ser bruxo.
Já quis ser astronauta, violonista, mágico, caçador e trapezista.
Já me escondi atrás da cortina e esqueci os pés pra fora.
Já passei trote por telefone.
Já tomei banho de chuva e acabei me viciando.
Já roubei beijo.
Já confundi sentimentos.
Peguei atalho errado e continuo andando pelo desconhecido.
Já raspei o fundo da panela de arroz carreteiro.
Já me cortei fazendo a barba apressado.
Já chorei ouvindo música no ônibus.
Já tentei esquecer algumas pessoas, mas descobri que essas são as mais difíceis de se esquecer.
Já subi escondido no telhado pra tentar pegar estrelas.
Já subi em árvore pra roubar fruta.
Já caí da escada.
Já fiz juras eternas.
Já escrevi no muro da escola.
Já chorei sentado no chão do banheiro.
Já fugi de casa pra sempre, e voltei no outro instante.
Já corri pra não deixar alguém chorando.
Já fiquei sozinho no meio de mil pessoas sentindo falta de uma só.
Já vi pôr-do-sol cor-de-rosa e alaranjado.
Já me joguei na piscina sem vontade de voltar.
Já bebi uísque até sentir dormentes os meus lábios.
Já olhei a cidade de cima e mesmo assim não encontrei meu lugar.
Já senti medo do escuro.
Já tremi de nervoso.
Já quase morri de amor, mas renasci novamente pra ver o sorriso de alguém especial.
Já acordei no meio da noite e fiquei com medo de levantar.
Já apostei em correr descalço na rua.
Já gritei de felicidade.
Já roubei rosas num enorme jardim.
Já me apaixonei e achei que era para sempre, mas sempre era um "para
sempre" pela metade.
Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol.
Já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.

Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.

E agora um formulário me interroga, me encosta na parede e grita: "- Qual sua experiência?".

Essa pergunta ecoa no meu cérebro: "experiência...experiência..."
Será que ser "plantador de sorrisos" é uma boa experiência?
Não!!! Talvez eles não saibam ainda colher sonhos!"

Agora gostaria de indagar uma pequena coisa para quem formulou esta
pergunta:

Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?

MOÇO...

 
 

moço,
por favor, sirva a mim
um copo cheio de amor
não coloca limão, quero ele d...
oce
pode colocar pedras de paixão e
por fora salpique com desejo
e por favor de uma aquecida
quero bebê-lo quente
(sandra mello flor)

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

VELHO PONCHO

Meu velho poncho crioulo,
Pano de lei, velho abrigo!
Tu foste o meu berço amigo
No momento em que nasci.
Desde então sempre vivi,
 Sob o teu calor paterno.
Em tropeadas, pelo inverno,
Eras meu toldo cigano.
Hoje o destino aragano,
Reduziu-te a pobre trapo,
Meu velho poncho farrapo
De lutas mil, veterano.

Ó velha prenda crioula,
Meu berço, minha barraca,
Bordada a ponta de faca,
No bastidor das peleias!
Meu coração tu maneias
No traçado do teu pano,
Onde canta o minuano,
Por entre os furos de bala.
Em teu panejar trescala
O passado desta terra,
E a glória de muitas guerras
Que a tua pobreza assinala.

Pensamento:
"O fim de um namoro não causa dores, apenas um bocadinho de mágoas."

                          Sinceramente
                                     Lourdes Manfroi

CÂNTICO

Paulo M. da Fonseca
Imaginai o mar, o grande mar e nenhuma vaga.
Imaginai o céu, dos dias puros, e nenhum azul
E a profunda noite além das trevas.
E o amor além das rondas, flamejando sempre.
Almejo-lhe
Nesta vida
Grandes alegrias,
E que, ao folhear a
Lauda onde escrevo, lembre-se de sua
Amiga Guadalupe
Mariópolis, 21-01-61

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

QUEM ÉS TU?

 

"Ainda ontem pensava que não era mais do que um fragmento trêmulo sem ritmo na esfera da vida.


Hoje sei que sou eu a esfera, e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.


Eles dizem-me no seu despertar:
... " Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia sobre a margem infinita de um mar infinito."

E no meu sonho eu respondo-lhes:

"Eu sou o mar infinito, e todos os mundos não passam de grãos de areia sobre a minha margem."

Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?" "
Khalil Gibran

domingo, 11 de dezembro de 2011

DESÍGNIOS

"Alguém pode me dizer
se estava prevista na palma da minha mão
esta paixão inesperada
se estava já escrita e demarcada
na linha da minha vida
se fazia já parte da estrada
e tinha que ser vivida

ou foi um desgoverno repentino
que surpreendeu os deuses, todos
os que desenham o nosso destino
ou foi um desatino, uma loucura
uma imprevisível subversão
que só a patir de agora eu trago marcada
na palma da minha mão"

(Bruna Lombardi)

EU TE AMO...NÃO DIZ TUDO!


EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!


Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?


A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.
...
Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo!

Arnaldo Jabor

sábado, 10 de dezembro de 2011

A UM ADOLESCENTE

Faze do instante que passa
Toda a tua aspiração,
Que o mundo cheio de graça
Caberá na tua mão!

Sê sóbrio: como um copo de água,
Um fruto e um pouco de pão,
Nem sombra de leve mágoa
Cortará teu coração...

Ama a rude terra virgem,
Com todo teu rude amor;
Pois colherás, na vertigem
De cada snho, uma flor.

Sofre em silêncio, sozinho,
Porque os sofrimentos são
O mais saboroso vinho
Para a sombra e a solidão...

E quando, um dia, o cansaço
Descer ao teu coração,
Une à terra o peito lasso
E morre, beijando o chão!

Morre assim como indeciso
Fumo que nos ares vai,
Morre num breve sorriso,
Como uma flor que cai...

Ângela!

Para que, no avançar dos anos, quando a memória já se tornar fugidia, tomando deste álbum, lembre-se dum seu amigo de tempos idos. E assim reviva na imaginação os dias, certamente felizes, de sua juventude...
Dionisio Luiz Fogliatto
Mariópolis, 30 de abril de 1963.

AMIGOS SÃO FLORES



Amigos são flores plantadas ao longo do nosso caminho para que saibamos encontrar primavera o ano todo.

...

E quando o outono chega cheio de beleza e melancolia, os amigos estão presentes nos trazendo alegria; e quando o inverno vem frio e escuro, trazendo saudades e noites longas, os amigos nos trazem calor e luz com o brilho da sua presença.

E essas flores belas perfumam nossa existência e tomamos consciência de que não estamos sozinhos.


Se amigos são flores que duram um ano ou um dia não faz diferenca, porque o importante são as marcas que deixam nas nossas vidas.

As horas compartilhadas, horas de carinho, amor e cuidado. Um amigo que se doa sem querer saber se vai ter um retorno, que se entrega pelo prazer de ver a felicidade do outro é uma flor rara que merece cuidados especiais, um ser grande e importante que nos da vontade de chorar só pelo fato de saber que ele existe.

É alguém que consegue chegar até nossa alma.. é um presente de Deus.


Se todo o mundo nos virar as costas e no meio desse mundo uma flor, nem que seja uma única flor assim nascer no nosso jardim, então toda a vida já terá valido a pena.


Letícia Thompson

SUAVE CAMINHO

Assim… Ambos, assim, no mesmo passo,
Iremos, percorrendo a mesma estrada;
Tu – no meu braço trêmulo amparada,
Eu – amparado no teu lindo braço.

Ligados neste arrimo, embora escasso,
Venceremos as urzes da jornada...
E tu – te sentirás menos cansada
E eu – menos sentirei o meu cansaço.

E assim, ligados pelos bens supremos,
Que para mim o teu carinho trouxe,
Placidamente pela Vida iremos.

Calcando mágoas, afastando espinhos,
Como se a escarpa desta Vida fosse
O mais suave de todos os caminhos.
(Mário Pederneiras)
Ângela

Neste álbum, deixo-te uma recordação e quando mais tarde ao folheá-lo, lembrarás da amiga que muito a estima.
Com todo carinho da
Valerie
Mariópolis, 22/08/60

BEM SUPREMO

Belmiro Braga


A mulher tudo suplanta:
No berço - é floco de espuma,
Menina - mistério e bruma,
Moça - é pássaro que canta;
Filha - é sorriso que encanta,
Noiva - é a flor que perfuma,
Esposa - a graça da pluma,
E mãe - a graça da santa.
Mãe ou noiva, esposa ou filha,
A mulher é estrela e brilha
Dentro de nós como um trofeu.
Honremos, pois, a essa estrela
Porque depois que Deus fêz-la
Foi que viu que fez o céu...
Assim
Neste momento de
Galhardia
Espero
Lavrar em seu coração
Amor e felicidade
Quando ficarmos velhas, bem velhinhas, e ao revermos - ó minha boa amiga! - o nosso belo tempo de rapariga, Chorarei...ó saudade! - Chorarás...
Sinceramente
Astréa

Mariópolis,12/01/61

AS TRÊS MORADAS

Infância...Oh! doce infância como longe vais...
Num cristalino riso de criança
Que já morreu perdido na distância
DE uma alvorada que já ficou para trás...


Mocidade...mocidade vais embora...
Deixa mesmo no mundo solitário e triste
Que felicidade só contigo existe?


Velhice...recanto em sombra
Nos espaços onde a noite distende o membros lassos
E onde o inverno da vida se traduz...
**********************************************
Pensamentos:


"Quem encontra um amigo, encontra um tesouro."


"Nunca perca por pouca coisa um amigo; nunca perca, porém, uma coisa por pouco amigo."


                                 A você, Ângela, com a amizade do colega e amigo

                                   Marco Antonio Fontana

LINGUAGEM DOS BEIJOS

 

Dizem que os beijos na mão
Falam de amr e respeito
Nos olhos dizem paixão
Quando são dados com jeito.


No queixo, só fingimento
São dados de má vntade
Eem vez de gosto é tormento
E nos braços liberdade.


Nos cabelos, incerteza,
Ciúmes, queixas e dor
Na testa dizem pureza
Na face falam de amor.


Na boca, minha querida,
São dados de coração
Dizem tudo desta vida
AMOR...CIÚMES...PAIXÃO...
***************************
"A lágrima do sofrimento desliza pela face e rola mansamente para o mar das amarguras."


                        Ofereço sinceramente


                        Maria Salete
                        Mariópolis, 16/08/1960

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A VIDA

A vida é o dia de hoje,
A vida é ai que mal soa,
A vida é sombra que foge,
A vida é nuvem que voa;


A vida é sonho tão leve
Que se desfaz como a neve
E como o fumo se esvai:
A vida dura num momento,
Mais leve que o pensamento,
A vida leva-a o vento,
A vida é folha que cai!


A vida é flor na corrente,
A vida é sopro suave,
A vida é estrela cadente,
Voa mais leve que a ave:


Nuvem que o vento nos ares,
Onda que o vento nos mares,
Uma após outra lançou,
A vida – pena caída
Da asa da ave ferida
De vale em vale impelida
A vida o vento levou!


(João de Deus)
Para você, amiga Ângela, com toda a minha sinceridade


                               Beatriz Fontana


"A felicidade é a única coisa que podemos dar sm possuí-la."

AS DUAS FLORES

]

São duas flores unidas
São duas rosas nascidas
Talvez do mesmo arrebol,
Vivendo,no mesmo galho,
Da mesma gota de orvalho,
Do mesmo raio de sol.

Unidas, bem como as penas
das duas asas pequenas
De um passarinho do céu...
Como um casal de rolinhas,
Como a tribo de andorinhas
Da tarde no frouxo véu.

Unidas, bem como os prantos,
Que em parelha descem tantos
Das profundezas do olhar...
Como o suspiro e o desgosto,
Como as covinhas do rosto,
Como as estrelas do mar.

Unidas... Ai quem pudera
Numa eterna primavera
Viver, qual vive esta flor.
Juntar as rosas da vida
Na rama verde e florida,
Na verde rama do amor.
(Castro Alves)

Ângela

           Na vida tudo passa...chegamos a esquecer os momentos felizes que tivemos. E para jamais esqueceres de mim, deixo-te este simples poema com um "SÊ FELIZ".

                    Com um abraço
                     Antonia Sangaletti
                       Mariópolis, 22-05-66

SAUDADES

Saudades, palavra doce,
Que traduz tanto amargor!
Saudades é como se fosse
Espinho cheirando a flor.


Saudade, ventura ausente,
 Um bem que longe se vê,
Uma dor que o peito sente
Sem saber como e porquê.

Um desejo de estar perto,
 de quem está longe de nós;
Um ai que não sei ao certo
Se é uma voz ou um suspiro.


Um sorriso de tristeza,
Um soluço de alegria,
O suplício da incerteza
Que uma esperança alivia.


Nestas três sílabas há de
Caber toda uma canção


Bendita a dor da saudade
Que faz bem ao coração!


              Querida amiga: para que não te esqueças de mim e desejando tua perene felicidade, deixo-te esta singela recordação da


                                                                 Arlete


Mariópolis, 20/09/1960.

ENGANO

Foi na doce primavera
Quando ainda você era
Tão somente uma ilusão
Qe eu cheguei m sua vida
Procurando uma guaria
Para um pobre coração.


Como o dia que começa
Você foi uma promessa
E eu sonhei viver feliz
Mas, depois, quanta ironia!
Você foi a tarde fria
De um dia sem matiz.


De você apenas tenho
A certeza de que venho
Sem saber para onde vou...
Paramim, linda criança,
Vcê foi uma esperança
Que saudade se tornou.
(Desconheço autoria)

Ângela!

            Apesar da saudade que sentirei sempre de você, deixo este soneto para que no futuro te lembres sempre da amiga
                                                                      Suzete

Mariópolis, 21/07/1960

DOR OCULTA

 

Quando uma nuvem nômade destila
gotas, roçando a crista azul da serra,
umas brincam na relva; outras, tranqüila,
serenamente entranham-se na terra.


E a gente fala da gotinha que erra
de folha em folha e, trêmula, cintila,
mas nem se lembra da que o solo encerra,
da que ficou no coração da argila!


Quanta gente, que zomba do desgosto
mudo, da angústia que não molha o rosto
e que não tomba, em gotas, pelo chão,


havia de chorar, se adivinhasse
que há lágrimas que correm pela face
e outras que rolam pelo coração!


Guilherme de Almeida

                    Para você, querida amiguinha Ângela, ofereço esta simples quão sincera recordação.

                    Niura
                    Mariópolis, 19-09-60.

IN EXTREMIS




Olavo Bilac


Nunca morrer assim! Nunca morrer num dia
Assim! de um sol assim!
Tu, desgrenhada e fria,
Fria! Postos nos meus os teus olhos molhados,
E apertando nos teus os meus dedos gelados...


E um dia assim! de um sol assim! E assim a esfera
Toda azul, no esplendor do fim da primavera!
Asas, tontas de luz, cortando o firmamento!
Ninhos cantando! Em flor a terra toda! O vento
Despencando os rosais, sacudindo o arvoredo...


E, aqui dentro, o silêncio... E este espanto! e este medo!
Nós dois... e, entre nós dois, implacável e forte,
A arredar-me de ti, cada vez mais, a morte...


Eu, com o frio a crescer no coração, – tão cheio
De ti, até no horror do derradeiro anseio!
Tu, vendo retorcer-se amarguradamente,
A boca que beijava a tua boca ardente,
A boca que foi tua!


E eu morrendo! e eu morrendo,
Vendo-te, e vendo o sol, e vendo o céu, e vendo
Tão bela palpitar nos teus olhos, querida,
A delícia da vida! a delícia da vida!




          Querida Ângela


          Desejo que esta recordação seja no presente um laço de amizade e no futuro, uma lágrima de saudade!
          Da sempre amiga que muito a quer
                                                               Olinda